sábado, 28 de fevereiro de 2009

Caso escondido pela imprensa - Não deixem esquecer

BENFICA CONTROLAVA O SISTEMA
João Rodrigues, ex-Presidente da FPF e ex-Vice do Benfica

Retirado de: jn.sapo.pt

O ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, João Rodrigues, admite ter sido intermediário entre o ex-líder do Conselho de Arbitragem da FPF e Luís Filipe Vieira na escolha de árbitros para o Benfica. Este exemplo foi avançado ontem no Tribunal de Gondomar como explicação para a cedência Pinto de Sousa aos desejos dos clubes na nomeação de árbitros. Tudo para "evitar conflitualidades" e não num contexto de corrupção.

"Só me foi pedido para perguntar ao sr. Luís Filipe Vieira o que achava de determinado árbitro, já que o Paulo Paraty não podia ser. Ele disse que não estava de acordo e eu, aí, dei por terminada a minha colaboração", explicou assim João Rodrigues o seu papel perante o clube da Luz, já fora da sala de audiência. "Não me ponham nas nomeações, porque nada tenho a ver com isso".

Perante os juízes, o homem que também chegou a fazer parte de comissões de justiça e disciplina da FIFA mostrou-se conhecedor do funcionamento do Conselho de Arbitragem e dos contornos do caso Apito Dourado. "Tenho a certeza de que se ele nomeava árbitros de acordo com um clube dizia logo aos outros. Dava três nomes possíveis e a última palavra era a dele", disse João Rodrigues, dizendo acreditar que o rival do Gondomar SC, o Dragões Sandinenses, também tinha uma palavra a dizer nas nomeações de árbitros, através do vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Francisco Costa, que era amigo do líder daquele clube de Gaia.

"O grande mal desde homem foi sempre evitar a conflitualidade. Tinha o telefone sempre aberto para todos os clubes. Seja o Gondomar, os Dragões ou o Benfica".

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